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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Ansiedade

Ansiedade 


1. O que é ansiedade ?

Ansiedade é uma emoção caracterizada por desconforto físico e psicológico, por uma expectativa apreensiva em relação ao futuro. É uma tentativa de preencher o espaço de tempo entre a momento presente e o futuro mediante hipóteses, uma antecipação do futuro. Enquanto o medo é uma reação de defesa diante de perigos reais, externos, a ansiedade produz a mesma reação, mas o perigo ou inexiste ou é desproporcional à intensidade da reação.


2. A ansiedade é sempre negativa?

Não. Quando me preocupo com algo e a ansiedade faz com que melhore meu desempenho é positiva.Quando diante de uma prova, fico ansioso, estudo e me saio bem a ansiedade foi produtiva. Levou-me a resolver adequadamente o problema.
Mas se é excessiva, bloqueia o desempenho , muito prolongada e intensa ou desproporcional à situação torna-se bastante prejudicial à nossa qualidade de vida, à nossa saúde física e psicológica. No exemplo acima tenho “branco” na prova, não durmo na véspera ou não consigo estudar. Aí dizemos que se trata de uma ansiedade clínica ou de um “transtorno de ansiedade”.



3. Existem vários tipos de ansiedade?

Sim. Os transtornos de ansiedade apresentam manifestações diferentes e vão do pânico à ansiedade social (aquela forma exagerada de timidez que incapacita), ansiedade generalizada (preocupações crônicas) e outras (veremos em outro capítulo) cada uma com tratamento apropriado.


4. Quais os sintomas da ansiedade?

Sintomas físicos: palpitações, sufocação, ondas de frio ou de calor, tremores, formigamento, perna bamba, rigidez muscular, frio ou “nó” na barriga, e outros.
Sintomas psicológicos: sensação de medo, apreensão, sensação de que algo terrível está para acontecer, de que vai perder o controle, de ficar louco, preocupação, inquietação constante, terror e outros.
Sintomas comportamentais: evitar a situação que causa ansiedade. Quem tem ansiedade social, por exemplo, evita ir a festas por medo de ser avaliada negativamennte pelos outros, de falar ou fazer algo tolo, de parecer ridículo. Para não sentir esse mal estar, não vai.


5. Como a Psicologia beneficia as pessoas ansiosas?

Hoje os quadros de ansiedade são bem estudados e existem tratamentos eficazes para eles. A moderna psicologia permite que aos poucos você vá perdendo a sensação de incapacidade de enfrentar o medo e superando suas dificuldades.Melhora sua auto-estima, pois você consegue vencer situações que antes pareciam impossíveis.
Muito mais aterrorizante que a situação que tememos é sofrermos por antecipação. Muitas vezes o que tememos não ocorre, mas o sofrimento pelo medo de ocorrer é muito maior que se, de fato, ocorresse. Então se você vencer esse sofrimento sua qualidade de vida melhora e muito!
Quando receber outros tópicos acerca da ansiedade, ficará mais claro para você. Você receberá um resumo de cada um deles nos próximos comunicados. Que tal começarmos pela “Síndrome do Pânico” ou, mais propriamente, “Transtorno do Pânico”?

ANSIEDADE, RAIVA E BRUXISMO

ANSIEDADE, RAIVA E BRUXISMO

Medo pode ser considerado uma reação a uma ameaça. Um legado do processo evolutivo que confere proteção e nos permite evitar o perigo com valor óbvio na sobrevivência, ocorrendo diante de ameaças concretas.

A ansiedade pode ser definida como uma emoção subjetiva, voltada para o futuro, (como uma tentativa de preencher o intervalo de tempo entre o momento presente e o futuro), semelhante à sensação de medo, com manifestações físicas (taquicardia, respiração mais rápida, sensação de sufocação, tremores, sudorese, ondas de frio ou calor, contração muscular etc), psíquicas (apreensão, expectativa, insegurança, inquietação, sentimento desagradável de que algo está para ocorrer, etc) e comportamentais (evitação ou fuga da situação que provoca a ansiedade).

É considerada “normal” ou “positiva” quando leva à ação adequada, como estudar para uma prova ou preparar-se com antecedência para uma palestra. É negativa quando leva ao desespero, a não conseguir fazer a prova nem estudar para a mesma, evitando-a ou tendo “branco”. Ou, de outra forma, é positiva quando interfere favoravelmente no desempenho e negativa quando o prejudica.

Quando desproporcional ao grau de ameaça da situação, exacerbada em sua manifestação em intensidade ou duração estamos diante de um transtorno de ansiedade. Transtorno de Pânico, Fobia Social, Ansiedade Generalizada, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Stress pós Traumático são alguns destes transtornos.
Do ponto de vista fisiológico ocorre ativação do sistema nervoso autônomo que nos predispõe a lutar ou fugir, como faziam nossos ancestrais diante de um predador, de uma invasão tribal, de intempéries. Para isso todo o corpo é ativado pela mensagem de perigo enviada pelo cérebro. Mobilizados por descarga de adrenalina, corpo e mente se preparam para um instante de força máxima, como se a vida, efetivamente, estivesse em jogo.

A raiva, reação de defesa do organismo contra situações de frustração, também apresenta alterações físicas e psíquicas semelhantes da ansiedade. Observemos que um animal ao expressar hostilidade (dos mamíferos em diante, incluindo o homem) cerra os maxilares.No homem a raiva pode ter um caráter de ruminação e retaliação que a torna uma das emoções mais difíceis de controlar.

Entre as reações físicas do medo, ansiedade e raiva, temos a contração muscular visando dotar o animal de força máxima. Afinal irá lutar ou fugir e precisará de energia total. Quando a reação de luta e fuga é finalizada (quando nos safamos de uma situação de perigo concreta) o organismo se restabelece prontamente e volta a seu equilíbrio. Ocorre que na ansiedade não há ameaça concreta, mas a avaliação errônea de perigo que habitualmente não se resolve lutando ou fugindo. É o medo interiorizado que permanece cronicamente em nós. Então as conseqüências físicas e psicológicas se perpetuam, levando o organismo a sérios prejuízos.

A contração muscular cronicamente mantida leva a problemas diversos como mialgias, dores na nuca, pescoço, lombalgias, cefaléia e outros. É o stress desencadeando patologias. É o adoecer como forma inadequada de manifestar emoções. Do ponto de vista odontológico há a possibilidade desta contração muscular, via ansiedade e raiva, levar à pressão indevida do maxilar, ocorrendo o bruxismo e as dores musculares em face e na região da ATM.

Quando presente um mal que tenha a ansiedade como componente ou desencadeante, é fundamental que, ao lado do indispensável tratamento clínico, se faça a correção psicoterápica, ou o fator ansiógeno continuará desencadear os mesmos efeitos. É assim nas fibromialgias, nas úlceras gástricas, na obesidade, nos transtornos alimentares e NO BRUXISMO.

Muitas vezes a ansiedade é reprimida não aparecendo em nível de consciência. Mas o sistema nervoso autônomo permanece ativado. Em outras palavras, a pessoa não tem consciência da ansiedade embora sofra os efeitos da mesma. Nestes casos, é muito comum que o cirurgião-dentista seja o primeiro a constatar e a diagnosticar o quadro, via desgaste dos dentes provocados pelo ranger noturno. Se o bruxismo estiver presente e acompanhado de quadro de ansiedade clínica ou sub clínica e esta não for devidamente trabalhada, qualquer tratamento será paliativo na medida em que os fatores desencadeantes permanecem intactos.

Estudos controlados mostram a eficácia da Psicoterapia Comportamental e Cognitiva nos quadros de ansiedade, bem como a elevada correlação entre estados ansiosos e emocionais negativos e bruxismo.