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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Como medir a Pressão Arterial?

Pressão Arterial


Como medir corretamente a pressão arterial?


A medida ocasional da pressão arterial realizada pelo paciente fora do ambiente médico, preferencialmente utilizando um aparelho validado, é chamada de automedida da pressão arterial.

A automedida da pressão arterial é muito útil  tanto para o diagnóstico da hipertensão arterial (pressão alta) como também, para o acompanhamento dos pacientes hipertensos.O valor da  pressão arterial obtido no ambiente médico (consultório, clínica ou hospital) poderá apresentar algumas limitações.


Nestas situações a pressão arterial poderá se manter dentro da média habitual (maioria dos casos), poderá se elevar (cerca de  20%   dos casos) ou até se apresentar com valores inferiores aos obtidos habitualmente em medidas realizadas em casa ou durante o trabalho (cerca de 10% dos casos).


A MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) e a MRPA  (monitorização residencial da pressão arterial) são exames complementares baseados em medidas da pressão arterial  realizadas fora do ambiente médico.


Como realizar corretamente a automedida da pressão arterial? 


- Devemos realizar a medida da pressão arterial em situações normais do cotidiano. As medidas da pressão arterial  realizadas em situações de estresse, nervosismo, dor ou após uma noite ruim de sono, poderão não traduzir a pressão arterial habitual do paciente. Evite medir a pressão arterial nestas situações.


- A medida da pressão arterial também não dever ser um ato diário ou compulsivo, pois a própria expectativa sobre o valor obtido da pressão arterial poderá afetar o valor destas medidas.

- Realize as medidas da pressão arterial em ambiente tranquilo, com temperatura agradável, com a bexiga vazia, ser ter feito exercícios físicos 60 minutos antes.Também é importante não ter ingerido álcool, café , alimentos ou ainda, não ter fumado 30 minutos antes destas medidas.


- É necessário um repouso na posição sentada pelo menos 5 minutos antes das medidas. Não fale durante as medidas. 

- Utilize um aparelho de medida da pressão arterial adequado. Os aparelhos eletrônicos  validados  (testados por entidades especializadas) são os ideais,  pois minimizam erros na interpretação das medidas da pressão arterial. Os aparelhos aneróides, aqueles que contém uma espécie de relógio redondo, e os de coluna de mercúrio, utilizam um método de medida da pressão arterial chamado de palpatório-auscultatório, o qual exige um treinamento adequado.Nestes casos a medida da pressão arterial é obtida a partir de sons audíveis sob a artéria braquial.


- Coloque o manguito (bolsa de borracha) no braço livre de roupas.Evite o garroteamento (compressão) causado por roupas apertadas. Se o seu braço for muito grosso (circunferência medida com fita métrica igual ou maior que 35 cm) ou muito fino (circunferência igual ou menor que 26 cm), será necessário a utilização de um manguito de tamanho especial, fora do padrão habitual.


- Realize as medidas sentado, com as costas apoiadas. Utilize sempre o mesmo braço ou aquele que apresenta maiores valores de pressão arterial (geralmente o braço esquerdo). Apoie o braço  na altura do coração com a palma da mão voltada para cima.A parte inferior do manguito deverá estar cerca de 2 a 3 cm acima da prega do cotovelo (região que divide o braço do antebraço).Não fale durante as medidas.


- Realize  3 medidas logo ao acordar,  e  duas horas antes e após o jantar ou almoço , totalizando neste dia  um total de 9 medidas. Anote em uma cardeneta o dia, a hora e o valor obtido em cada medida. Traga as anotações para o seu médico no dia da sua consulta. Estas medidas poderão ser mais úteis do que as poucas medidas realizadas no dia da consulta.

Autor: Dr. Tufi Dippe Jr. – Cardiologista e especialista em Hipertensão Arterial pela SBH.



APRENDER A TOMAR A PRESSAO

 Aguns cursos não ensinam o agente de saúde a tirar pressão sanguínea. Outros não conseguem comprar o equipamento necessário. Porem, tirar a pressão e uma habilidade importante - principalmente nas comunidades onde pressão alta e as doenças correlatas são comuns. 
É importante também para aqueles que examinam as gestantes durante a gravidez. A pressão alta aumenta o risco durante o parto e um aumento da pressão no final da gestação pode ser sinal de toxemia da gravidez (veja ONHM p. 274).

       Qualquer pessoa que sabe contar pode aprender a tomar a pressão.

       O aluno aprende melhor a tomar a pressão quando compreende o princípio básico. Por isso é melhor ele aprender com um aparelho de pressão antigo, de mercúrio, ou pelo menos ver como funciona.

       Com esse aparelho o aluno pode ver como a pressão eleva o mercúrio dentro do tubo. A pressão é medida em milímetros (mm) de mercúrio



Explique o que vai fazer, para evitar que a pessoa fique com medo.

       · Aperte a manga do aparelho de pressão ao redor da parte superior do braço nu.

       · Feche a válvula da pera de borracha girando o parafuso no sentido do relógio.

       · Eleve a pressão, bombeando ate chegar acima de 200 mm de mercúrio.
A partir de certo

ponto o sangue para porque o coração não consegue vencer a pressão que o aparelho faz no bravo da pessoa.

       · Coloque o estetoscópio sobre a artéria, na parte interna do cotovelo.

       · Solte a pressão, abrindo, bem devagar, o parafuso da pera de borracha.

       · Com o estetoscópio, escute o pulso, enquanto continua a deixar o ar sair da manga do aparelho.

Enquanto o nível de mercúrio (ou a agulha no mostrador da válvula) esta caindo, faca duas leituras:

       
       1. Faça a primeira leitura no momento em que começa a ouvir as batidas do pulso. Isso acontece quando a pressão na manga do aparelho esta igual à pressão mais alta que ocorre na artéria (pressão sistólica ou pressão máxima).
Essa pressão é alcançada cada vez que o coração se contrai e empurra o sangue através das artérias.

Na pessoa normal, essa pressão em geral esta em torno de 110 a 120 mm.


       2. Continue soltando devagar a pressão, escutando com atenção. Faça a segunda leitura quando o som do pulso fica fraquinho ou desaparece. Isso acontece quando a pressão na manga do aparelho esta igual à pressão mais baixa, que ocorre na artéria (pressão diastólica ou pressão mínima).
Essa pressão é alcançada quando o coração descansa entre as pulsações. Normalmente esta em torno de 60 a 80 mm.

       Ao registrar a pressão, anote sempre as duas leituras. Dizemos que a pressão normal de um adulto a de "12 por 8" e anotamos assim:

       120
     _____          ou  120/80 120 é a pressão sistólica, máxima ou superior
       80                      80 e a pressão diastólica, mínima ou inferior


       Para evitar palavras complicadas, como sistólica e diastólica, é melhor usar os termos "pressão superior" e "pressão inferior
".
Antes do aluno começar a tomar a pressão, ele precisa saber usar o estetoscópio. Faça os agentes ouvirem o coração uns dos outros, para acostumarem com o som das batidas.

       · Faça o agente ver que não deve usar o estetoscópio ou o aparelho de pressão como algo "mágico" que leva as pessoas a acreditarem que ele tem conhecimentos ou poderes especiais. Deve use-los como ferramenta - quando necessário - nunca para se mostrar.


       · A pressão precisa ser tomada quando a pessoa esta em repouso. Se a pessoa faz exercício (correr, andar ou trabalhar), se esta zangada, preocupada, com medo ou nervosa, a pressão pode subir e mostrar leitura falsa elevada. É comum a pessoa ficar nervosa no consultório do médico. Converse sobre isso com os agentes. Discutam o que pode ser feito para a pessoa ficar a vontade antes de tirar a pressão.


       · Sempre tire a pressão 2 ou 3 vezes para ter certeza que a leitura esta correta.

       · A pressão normal para um adulto em repouso esta em torno de 120/80, mas isso varia muito. 

Podemos considerar normal para a pressão superior qualquer valor entre 100 e 140 e para a pressão inferior qualquer valor entre 60 e 90. As pessoas de mais idade, em geral, tem a pressão um pouco mais alta do que os jovens. 

      · Das duas leituras (superior e inferior), geralmente a inferior diz mais sobre a saúde da pessoa... Por exemplo, se a pessoa tem pressão 140/85, não há muita razão para preocupação. Mas se tem pressão 135/110, a pressão está perigosamente alta e a pessoa precisa emagrecer (se a gorda) ou receber tratamento. Se a pressão inferior esta acima de 100, isto significa que a pressão exige atenção especial (dieta ou talvez remédio).
 
       · Explique aos agentes que, em geral, não ha motivo de preocupação se uma pessoa regularmente apresenta pressão baixa. Na realidade, a pressão um pouco mais baixa que o normal, 90/60 a 110/70, significa que a pessoa tem maior probabilidade de viver, mais e menor probabilidade de sofrer do coração ou ter derrame. Muita gente normal e sadia, principalmente na América Latina, tem pressão 90/60.
       · Uma queda brusca ou acentuada de pressão é sinal de perigo (hemorragia, choque), principalmente se cai a menos de 60/40. 0 agente de saúde precisa prestar atenção nisso em pessoas que estão perdendo sangue ou se há risco de choque. Entretanto, a pressão pode, normalmente, cair um pouco quando a mulher relaxa depois do parto, ou quando uma pessoa se acalma depois de um acidente. Procure sempre outros sinais de choque, além da queda de pressão. (Veja o teste para choque na p. 16-11).
































































































Como aferir a Pressão Arteria


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O que é o TDAH?

O que é o TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.

Existe mesmo o TDAH?
Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.

Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?
Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.

Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?
Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.

No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.

Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo.

Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.
Veja um texto a este respeito e a resposta dos Professores Luis Rohde e Paulo Mattos:

Why I Believe that Attention Deficit Disorder is a Myth
Porque desinformação, falta de raciocínio científico e ingenuidade constituem uma mistura perigosa

O TDAH é comum?
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

Quais são os sintomas de TDAH?

O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:

1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade

O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.

Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois").
Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Quais são as causas do TDAH?
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.

A) Hereditariedade:
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).

Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados.
 Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.

Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.).
Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.

A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.

B) Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.

C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.

D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.

E) Problemas Familiares:
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.

F) Outras Causas
Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:
1. corante amarelo
2. aspartame
3. luz artificial
4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)
5. deficiências vitamínicas na dieta.

Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas.
Fonte:

http://www.tdah.org.br/

Os benefícios do resveratrol para a saúde

Os benefícios do resveratrol para a saúde 



O QUE É O RESVERATROL?
 
O resveratrol é uma substância (polifenol) que pode ser encontrada nas sementes e na pele da uva tinta (e outras plantas), bem como no vinho tinto, produzido pela planta para se defender de bactérias, fungos e parasitas e que, além da sua acção anti-fúngica e anti-bacteriana, é um potente antioxidante que pode proteger a saúde e a longevidade humanas de diversas maneiras(2).

Ele é a grande revelação dos estudos sob a denominação comum de “french paradox” ou “paradoxo francês” que levou os investigadores durante décadas a cuidar de saber o porquê de, apesar de levarem um modo de vida com muitas gorduras saturadas alimentares, tabaco e alcool, os franceses apresentarem uma rídicula incidência de patologias cardiovasculares.

O segredo, afinal, estava no vinho tinto com que os franceses gostam tanto de acompanhar as suas refeições ou uma simples conversa.
Infelizmente a quantidade de resveratrol habitualmente presente nas uvas tintas tem vindo a diminuir drasticamente em virtude da utilização mais ou menos indiscriminada de pesticidas e anti-fúngicos nas vinhas e outras culturas.

PORQUÊ TANTO “ALARIDO” SOBRE O RESVERATROL NOS MEIOS DE SAÚDE?

A realidade é que, embora a comunicação social esteja apenas agora a “apanhar” esta onda, esta substância merece um claro destaque: ela é verdadeiramente incrível do ponto de vista da saúde e da longevidade, sendo que, até agora, tem sido usada apenas como uma solução “secreta” e “quase milagrosa” por médicos e terapeutas bem preparados e actualizados.
Em virtude do seu vasto leque de benefícios, o resveratrol tem sido prescrito para um conjunto alargado de problemas de saúde, com tal sucesso que não pára de chamar a atenção dos investigadores.

Os seus 10 mais conhecidos benefícios são:

1 - Acção anti-inflamatória, anti-álgica e anti-cancerígena;
2 – Acção de regulação do açúcar no sangue;
3 – Acção preventiva e tratamento de problemas cardiovasculares e de AVCs;
4 – Acção preventiva e tratamento de Doença de Alzheimer;
5 – Acção preventiva e de tratamento contra rugas e marcas da idade;
6 – Acção de prevenção e tratamento de cancro da pele;
7 – Acção de protecção do ADN celular;
8 – Acção activadora do gene da longevidade (terapia anti-aging);
9 - Acção de protecção contra radiações e contra os efeitos secundários da quimioterapia;
10 – Acção promotora de energia e do aumento da endurance em atletas.
COMO FUNCIONA?
Pensa-se que o resveratrol se liga às estruturas celulares danificadas do nosso organismo, protegendo-as e recuperando-as dos danos provocados pelos radicais livres, desta forma prevenindo, mal surjam, quaisquer danos celulares, restabelecendo o equilíbrio e a saúde e adicionando anos à sua vida.
Basta pensar que ao ter um eficácia protectora no que respeita à incidência de cancro, de doenças do coração(3) e AVCs, ele é um efectivo meio de não ver a sua vida súbita e grandemente reduzida.
Sabemos, pelas investigações realizadas, que a toma de resveratrol tem o mesmo efeito, do ponto de vista da nossa genética, que as dietas baixas em calorias (sem os efeitos nefastos destas) que sabemos terem demonstrado adiar o processo de envelhecimento.
PODE O RESVERATROL AJUDAR-NOS A VIVER MAIS ANOS E COM MAIS SAÚDE?
Nos testes laboratoriais de Harvard sobre ratos com problemas de saúde ligados à obesidade, a expectativa de vida no grupo ao qual foi administrado o resveratrol aumentou em 31%, o que é verdadeiramente extraordinário.

Alguns estudos levados a cabo posterior e mais recentemente em humanos, através da administração a estes de resveratrol puro, demonstraram a sua eficácia na prevenção e combate não só às patologias cardiovasculares, mas às patologias degenerativas em geral, com especial destaque para as severas Parkinson e Alzheimer que, não só podem ser travadas, como revertidas pela constante administração desta substância fantástica que trabalha, constantemente, na protecção do nosso cérebro (e isto sem os efeitos adversos da toma excessiva de álcool que seria necessária para atingirmos níveis de resveratrol, p.ex. através do consumo de vinho).

O simples facto de estarmos vivos gera radicais livres no nosso organismo decorrentes do desempenho das funções orgânicas (respirar, metabolismo, exercício físico, combate de vírus e bactérias pelo sistema imunitário). Alguns radicais livres devem-se a vícios como o tabaco, ou factores ambientais como a poluição, herbicidas, pesticidas ou mesmo a radiação.
Os problemas surgem quando estes radicais livres atacam as nossas células, enfraquecendo-as e tornando-as mais susceptíveis a alterações. Ora isto pode ter consequências profundamente nefastas na nossa longevidade.

Uma das principais causas de envelhecimento e morte é o facto das células velhas perderem a sua capacidade de replicarem na perfeição o ADN em cada nova célula. Isso leva a que surjam erros de ADN nas células, bem como detritos de ADN que levam ao mau funcionamento e reprodução celular. Ora os recentes estudos apontam para que o resveratrol reduza a frequência de detritos de ADN em 60%, através da activação do gene da longevidade.

Com efeito, o resveratrol ajuda-nos a permanecer jovens e viver mais anos pela activação que produz nos genes SIR que os humanos possuem e que são responsáveis pela nossa longevidade.
PODE O RESVERATROL AJUDAR NA PERDA DE PESO?

Há que salientar que os testes sobre o efeito do resveratrol na regulação do metabolismo e na perda de peso foram levados a cabo, até ao momento, apenas em ratos obesos que efectivamente demonstraram grandes benefícios da suplementação com resveratrol. Se pensarmos que, como refere o estudo dos investigadores de Harvard, “os ratos são muito mais próximos, do ponto de vista da evolução, com os humanos do que quaisquer outras cobaias que tenham sido anteriormente utilizadas, então teremos aqui resultados promissores à vista. Mas os benefícios do resveratrol vão muito além dos problemas de obesidade.

PROMOVE A ENDURANCE EM ATLETAS

Sim, o resveratrol produz um aumento no nível de testosterona livre, que vai ter elevado impacto na performance física, na produção espermática e nos níveis de energia, quer em homens quer em mulheres, estas últimas beneficiando ainda da regulação hormonal estrogénica que o resveratrol induz.

Os atletas em que foi testada a suplementação com resveratrol apresentaram uma maior resistência, com aparecimento mais tardío de sinais de cansaço derivados dos efeitos da produção de ácido láctico. A excepcional protecção conferida pelo resveratrol às estruturas celuras parece ser a razão desta melhoria na performance atlética. Na verdade o resveratrol vai activar um particular gene – Sirtuin 1 – que interfere no ritmo metabólico, que por sua vez age sobre a produção do ácido láctico(9)

O resveratrol permite, ainda, que a utilização da energia se faça de forma mais eficiente. Assim, vamos ter a possibilidade de aumentar a performance atlética com uma substância natural que não integra qualquer conceito de dopping.

CANCRO E RESVERATROL

Esta é, talvez, a área mais dinâmica de pesquisa acerca do resveratrol porquanto esta é a substância natural com maiores evidências demonstradas no bloquear de processos cancerígenos em diferentes estádios e eficácia no tratamento. Na verdade o resveratrol actua sobre os processos cancerígenos em diferentes formas, quer bloqueando os estrogéneos e androgéneos, quer por modulação dos próprios genes .

Estudos dos últimos anos apontam no sentido do resveratrol causar uma específica morte das células cancerígenas, tenham ou não elas o gene tumoral supressor p53. Ele também aumenta a susceptibilidade das células dos linfomas não-Hodgkin resistentes às drogas, aos tratamentos.

O resveratrol actua contra um leque variado de cancros, tanto a nível preventivo como curativo, sendo certo que ele não danifica as células sãs.
Trata-se duma substância “inteligente” porquanto, não só elimina radicais livres, como activa e desactiva enzimas, hormonas, químicos e genes que são decisivos no controlo dos fenómenos tumorais

MÚLTIPLOS EFEITOS

Tem sido bastante alargada a área onde o resveratrol tem apresentado resultados promissores, como p.ex., além dos antes referidos, na protecção do ADN celular, no combate à inflamação e à dor, no travar do desenvolvimento de bactérias como a Helicobacter pylori que pode causar ulceras estomacais e conduzir a cancro ou no obstar ao desenvolvimento de cancro da pele .

NEM TODO O RESVERATROL NASCE IGUAL

O resveratrol podemos encontrá-lo em pequenas quantidades na graínha e pele das uvas, nos amendoins, mirtilos, e outras plantas. As suas apresentações comerciais surgem hoje no mercado sob múltiplas marcas, mas de forma geral, pela via de extracto seco a partir duma planta denominada Polygonnum cuspidatum, planta esta sobretudo obtida no oriente.

Mas para podermos obter, para a nossa saúde, resultados interessantes a partir da ingestão de resveratrol, necessitaríamos, p.ex. no caso do vinho de uva tinta, de beber uma 10 garrafas de vinho, cujas uvas não tivessem sido tratadas com fungicidas, para atingirmos um valor mínimo de 30 mg de resveratrol, dosagem a partir da qual podemos começar a ter alguns benefícios. Ora se pensarmos na quantidade de álcool que ingeriríamos, esta solução é manifestamente inadequada.

A forma habitual, disponibilizada comercialmente, como dissemos, é a do extracto de Polygonnum cuspidatum sobretudo proveniente da China. Ora a recolha desta planta não dá garantias de estar isenta de contaminantes (herbicidas, pesticidas) e poluentes, sendo que adicionalmente o referido extracto apenas proporciona entre 15 a 20% de riqueza em resveratrol. 

Daí a discrepância de preços que se verifica no mercado no que respeita a suplementos de resveratrol. Para que nos entendamos, p.ex. em 200mg de resveratrol anunciado como sendo Polygonnum cuspidatum apenas 30 a 40 mg são resveratrol, ou seja, uma quantidade manifestamente mínima.

O melhor é mesmo lançar mão do denominado trans-resveratrol que é 99% puro resveratrol, que tem sido usado nos ensaios científicos por mais de 10 anos e que garante total ausência de contaminantes e uma enorme biodisponibilidade, sem quaisquer efeitos adversos. 

Claro que este é um poduto de excepcional qualidade que tem um preço aparentemente mais elevado por se apresentar puro ao consumidor, isto é, quando a dosagem é de 100 mg ou 200 mg estamos perante 100 ou 200 mg de puro resveratrol e isso nem sempre é devidamente valorado pelo consumidor mal informado que apenas aposta no preço baixo em detrimento da qualidade, podendo isso, desde logo, comprometer a eficácia do tratamento e a boa imagem desta substância maravilhosa.
Só o resveratrol puro nos garante a boa prática terapêutica, sem efeitos secundários negativos, e com toda a eficácia.

A substância que dá fama às uvas e ao vinho tinto ajuda a emagrecer e a afastar o diabetes

Cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, observaram que esse antioxidante estimula o corpo a liberar um hormônio muito bem-vindo, a adiponectina.

Produzido pelas células de gordura, ele favorece a ação da insulina, barrando o ganho de peso e as chances de sucesso do diabete tipo 2. "É uma grande descoberta, mas o desafio agora é estabelecer a dose ideal de resveratrol para consumo e elevar seu aproveitamento pelo corpo, já que ele é eliminado com facilidade", diz o químico André Souto, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Assim, continua a recomendação: duas taças de vinho por dia para homens e uma para mulheres.

Mil e uma utilidades
Há indícios de que o resveratrol proteja vários órgãos

Coração: a substância equilibra as taxas de colesterol, inibe a agregação de plaquetas e, com isso, desentope as artérias.

Olhos: ele evitaria o aparecimento de vasos sanguíneos anormais no globo ocular e reduziria o risco de doenças na retina e no nervo óptico.

Cérebro: por brecar a formação de placas de gordura nos vasos, o antioxidante derruba o risco de acidentes vasculares cerebrais.

Intestino: seu consumo ajudaria a prevenir tumores no cólon e a combater vasos anômalos que surgem para nutrir o câncer ali.

Vinho tinto
Em 1 litro de vinho do tipo merlot, estão presentes entre 3 e 5 miligramas do antioxidante

Suco de uva
Em 1 litro de suco industrializado, deparamos com cerca de 1 miligrama da substância

Uva
Em 100 gramas do tipo roxo, encontramos 0,3 miligrama de resveratrol.